A palavra morte para muitos é sinónimo de um fim, de algo sem continuação possível.
A simples pronuncia desta palavra, faz encolher e tremer muitos dos que a receiam, como se fosse algo assombroso e medonho, quando assombroso e medonho, é saber que muitos seres humanos deixam seu corpo físico com a crença fortemente enraizada de que para lá da morte nada mais existe.
Que possível encaminhamento terão estas almas, ligadas à sua estéril crença, senão a de se condenarem a si próprios a uma existência vã e débil, arrastando-se por séculos agarrados à sua cegueira.
A maior parte das religiões tem seu próprio conceito sobre a morte e o que a define, mas nenhuma outra está tão próxima da verdadeira acepção da palavra como a filosofia budista. Esta assume uma postura positiva diante da morte, como nenhuma outra jamais teve coragem de o fazer. Possivelmente movidos pelo receio de perder uma boa percentagem de seus fieis.
A nossa visão limitada, as crenças fortemente enraizadas pela sociedade, o coração fechado por uma mente que apenas se sacia com a demonstração da lógica, leva-nos a crer de que realmente nada mais existe para além da morte do corpo físico. Seremos nós mesmo e apenas aquilo que vemos quando nos colocamos defronte de um espelho? Ou seremos algo mais vasto e ilimitado como o próprio universo? No que acreditar? Que filosofia ou religião seguir? Que tipo de visão adoptar? Tantas são as questões que nos assaltam a mente, quando muito procuramos um direccionamento racional. Precisamos de demonstrações que suportem a validade de algo, única e exclusivamente, para que possa ser aceite pela nossa mente racional e lógica. Para quando deixaremos de adiar o facto de que por vezes não precisamos de compreender, mas sim de sentir, e simplesmente crer na nossa capacidade de sentir, confiando.
Sofredores choramos por aqueles que partem, deixando que nosso egoísmo ressentido pela perda daquele ser pelo qual não mais poderemos desfrutar de sua presença física, nos invada, permitindo que sejamos consumidos pela dor. Sim, é verdade, não é o Amor que nutrimos pelo ser que parte que nos faz chorar, mas sim, o nosso egoísmo. Porque o Amor é um sentimento puro que apenas pode libertar e nunca aprisionar. Quando sofremos movidos pela dor da perda, aprisionamo-nos a nós e àqueles que partem do mundo físico, mantendo-os assim enclausurados a uma vibração energética, que a maior parte por desconhecimento não terá capacidade de se descortinar, e se verá enredar por uma teia fortemente tecida por aqueles que tanto dizem o amar. O verdadeiro Amor não prende mas liberta, como tal chorar deve ser feito por um breve período, apôs o qual, deveremos nos posicionar numa atitude de aceitação e desapego e simplesmente deixar partir aquele ser para o local que mais de adapta á sua nova forma existencial.
“ Perguntar-se-ão: Como não chorar? Como suportar vil dor? Como não se sentirem consumidos pelo desespero da perda de um ente querido? Difícil será realmente conseguir superar tal dor e desespero quando tudo o que fazem é manter o vosso coração fechado ao novo, ao desconhecido, pelo cadeado da desconfiança. Como desconfiam de tudo o que não é abertamente esclarecido pelas crenças da vossa sociedade, colocam cadeados em vosso coração, trancando-os e jogando fora a chaves que permitiriam o acesso a novos conceitos e visões de uma realidade distinta da que vocês vivem e assumem como vossa. Quando aprenderão que tudo o que unicamente é vosso é a Alma imbuída de tudo aquilo de que se permitem acreditar. Se vocês pudessem ver-se perceberiam o quanto se deixam rodear de lixo inútil, que se vai acumulando e adensando vossa energia, que suposto seria que fosse límpida e cristalina, como as água do mais puro lago.
Quando vocês choram copiosamente e incessantemente pelo ente querido perdido, nós choramos duplamente. Por vós e por aqueles que ignorantemente vocês prendem.
Se vocês se permitissem abrir, uma nova visão vos seria demonstrada pelos que partem, contendo em sua essência essa mesma nova visão a que eles se permitiram acessar. Eles mesmos vos contariam a alegria por eles sentida, quando no alcance do deslumbramento da verdadeira realidade que por eles aguarda. ”
“ Não se sintam infelizes pela perda, mas felizes pela libertação, porque a vida não se extingue pela morte. A morte é apenas uma mera libertação da Alma. A verdadeira vida sem amarras ou prisões, conquistada pela morte do corpo físico.
Permitam que a esperança surja em vós fruto do saber de que não se extingue a vida com a morte do corpo. A morte é como o desabrochar, tal como uma flor desabrocha ao nascer do sol. ”
“ A natureza contem nela a mais sábia e pura inteligência. Porventura algum de vós algum dia viu alguma flor se manter fechada apôs incidirem sobre ela os raios solares?
Permitam-se se lançar no desconhecido, nada receando, guiados pelas asas da sabedoria e do Amor que a própria natureza vos oferece todos os dias. Olhem para a morte pelo angulo de visão de uma águia sobrevoando majestosa o céu azul.
Porventura acreditam que sua visão é limitada? ”
Abram bem vossos olhos e vejam com verdadeiro VER!
Abram bem vosso coração e sintam com verdadeiro SENTIR!
English version:
The word death for many is synonym of an end, of something without possible continuation.The simple pronounces of this word, makes to shrink and to tremble many thoses that are scared of it, as something surprising and direful, when surprising and direful, is to know that many human beings leave its physical body with the strong belief taken root of that nothing more exists beyond of the death.
What possible guiding will have these souls, on to its barren belief, other wise condemning itself proper to a vain and weak existence, crawling itself per centuries grasped to its blindness.
Most of the religions has its proper concept of the death and what it defines it, but no other one is so next to the true meaning of the word as the Buddhist philosophy. This ahead assumes a positive position of the death, as no other one never had courage of making. Possibly moved for the distrust to lose a good percentage of its faithful. Our vision limited, the beliefs strong taken root by the society, the closed heart for one mind that if only saciated with the demonstration of the logic, take in believing of that really nothing more it exists beyond the death of the physical body.
Will we be really the same of what we see when we place ourselves front of a mirror? Or we will be something vaster and limitless as the proper universe? In what to believe? what philosophy or religion to follow? what type of vision to adopt? So many are the questions that assault our mind, when we look so much a rational toward. We need demonstrations that support the validity of something, to only and exclusively, can be acceptance for our rational and logical mind. For when we will leave to postpone the fact of that for times we do not need to understand, but yes to feel, and simply to believe in our capacity to feel, trusting.
Sufferings we cry for the one that left, allowing that our egoism resented for the loss of that being for which we will no more be able to enjoy of its physical presence, invades us, allowing that we be consumed by pain. Yes, it is truth, it is not the Love that we nourish for the being that left that it makes us to cry, but yes, our egoism. Because the Love is a pure feeling that only can free and never to imprison. When we suffer moved for pain because the ones that had leave the physical world, keeping them thus confined, prisoner in to an energy vibration, that most for unfamiliarity will not have capacity of disclosing from it, and we will see ourselves to tangle for a strong web weaved for that one that so much says loving. The true Love does not arrest but it frees, so cry must be made by a brief period, after which, we will have to locate it in an attitude of acceptance and indifference and simply must let that being leave for the place that more is adapted to is new existencial form.
“You will ask to yourselfs: How dont cry? How to support vile pain? How dont feel itself consumed by the desperation of the loss of a dear being? Difficult really will be to obtain to surpass such pain and desperation when everything what they make is to keep your closed heart to the new, to the stranger, for the padlock one of the diffidence. As you distrust of everything what openly is not clarified by the beliefs of our society, you place outside padlocks in your heart, locking them and throw away the keys that would allow the access to new concepts and visions of a distinct reality of that you live and assume as yours. When you will learn that everything what is solely yours is the Soul immerse of everything of that you allow to believe.
If you could see would perceive how much you allow yourself to encircle with garbage useless, that if goes accumulating and accumulating your energy, that presumption would be that it was limpid and crystalline, as the water of the purest lake.
When you insist to cry incessantly for the lost of a dear being, we cry doubly. For you and for the ones that ignorantly you arrest.
If you could allowed to open, a new vision would be demonstrated to you by the ones that had leave, contend in its essence this same new vision, the one that they had allowed themselves to have access. They selves would tell to you the joy felt for them, when in the reach of the delight of the true reality that for them waits. ”
“Don’t feel unfortunate for the loss, but happy for the release, because life is not extinguished by death, death is a mere release of the Soul. The real life, without mooring cables or jails, conquered by the death of the physical body.
Allow that the hope appears in you, fruit of the knowing that life will not end with the death of the body. Death is like a blossom, as a flower blooms at sunrise. ”
“The nature add in it the must wisest and pure intelligence. Perhapps some of you one day had saw some flower to keep closed after to happen on it the solar rays?Allow your selfs to launch in the unknow, nothing being afraid, guided for the wings of the wisdom and the Love that the proper nature offers to you every day. Look for the death by the angle of vision of one eagle, flying majestical over blue sky.
Will you believe that is vision its limited?”
Open well your eyes, and you will see with true SEEING!
Open well your heart, and you will feel with true FEELING!
